O dia 15 de novembro marca um dos capítulos mais importantes da história do Brasil: a Proclamação da República, em 1889. A queda da monarquia e o fim do Segundo Reinado transformaram radicalmente a forma de governo do país, abrindo espaço para novas disputas políticas, rearranjos de poder e caminhos ainda hoje discutidos pela historiografia.
Cem anos depois desse marco, em 1989, a TV Globo decidiu revisitar esse momento histórico em uma produção especial: a minissérie ‘República’, escrita por Wilson Aguiar Filho e dirigida por Walter Avancini.
A obra, exibida em 4 capítulos, reconstitui, de maneira dramática e minuciosa, os acontecimentos que antecederam a Proclamação, com início nos momentos anteriores à abolição da escravatura até o fim da monarquia.
Na época, grandes nomes da teledramaturgia estrelaram a produção. Grande Otelo como Patázio dos Prazeres e Tereza Rachel vivendo a Princesa Isabel foram os protagonistas da história.
Porém, um detalhe curioso da produção é a presença de Sandra Annenberg, hoje uma das jornalistas mais respeitadas do país, ainda em seus primeiros passos como atriz. Na minissérie, ela interpretou a personagem Dora Gusmão, filha dos burgueses Alberto (Otávio Augusto) e Margarida (Nívea Maria).
Mas essa não foi a estreia da atual apresentadora do ‘Globo Repórter’. Antes disso, Sandra havia estreado em 1988 na série ‘Tarcísio & Glória’. No ano seguinte, participou da novela ‘Pacto de Sangue’ e dividiu seu tempo entre ‘República’ e a minissérie ‘A, E, I, O... Urca’ (1990), onde viveu uma empregada doméstica de personalidade ousada.
Em 1989, também integrou o elenco de ‘Cortina de Vidro', novela de Walcyr Carrasco no SBT, no papel de uma operária, e mais tarde atuou em ‘Mandacaru’, na TV Manchete.
Após esse período, em 1990, decidiu deixar a atuação e voltou a se dedicar ao que viria a ser sua vocação definitiva: o jornalismo. Desde então, construiu uma trajetória admirada, marcada por credibilidade e presença marcante na TV brasileira.